
Famílias isentas do pagamento de água e esgoto em Uberlândia podem consumir até 20 mil litros por mês
Discurso pronunciado durante 1ª Sessão Ordinária de 03/08/2009
Quero trazer para o Plenário um assunto que foi abordado em um Informativo do Banco do Brasil que muito me chamou a atenção. Trata-se de um artigo da Dra. Susan Andrews, que é psicóloga e antropóloga pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Para todos que estão aqui presentes e nos assistindo, faço a seguinte pergunta: O que é a verdadeira felicidade??? Para alguns poderá ser a casa dos seus sonhos ou o carro do ano, ou ainda um emprego que lhe renda muito dinheiro. Porém, cientistas, durante a última década, estudam qual o segredo para a verdadeira felicidade. Eles constataram que até certo grau, a riqueza de fato traz felicidade. Por exemplo, quando uma pessoa progride de um estado de absoluta pobreza para o atendimento de suas necessidades de sobrevivência, e desse nível de sobrevivência para uma vida confortável e, depois, para algum grau de luxo, sua felicidade de fato aumenta. Contudo, depois de certo ponto, ela não traz mais satisfação.
Além de ter uma vida controlada financeiramente, são importantes também os chamados fatores não materiais como companheirismo, família, relacionamentos amorosos e uma sensação de viver uma vida com significado. Nós, seres humanos, temos fome não apenas de alimento para o corpo, mas também para a alma.
O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores de uma economia. Ele revela o valor de toda a riqueza gerada no país. Por isso gera tantas preocupações aos economistas e aos governos. Porém, hoje quero falar sobre um novo modelo para o progresso que está criando impacto inesperado no mundo: o FIB – Felicidade Interna Bruta, ao invés de PIB.
Trata-se de um sofisticado conjunto de índices, desenvolvido em um pequeno país nos Himalaias, para medir a nove dimensões de desenvolvimento integral: bom padrão de vida econômica, boa governança, educação de qualidade, boa saúde, vitalidade comunitária, proteção ambiental, acesso à cultura, gestão equilibrada do tempo e bem-estar psicológico.
Será, plenário, que o sucesso de uma nação, de um município, deve ser avaliado pela sua habilidade de produzir e consumir ou pela qualidade de vida e a felicidade do seu povo? Os Estados Unidos nos servem de um bom exemplo. Acreditem, mas o PIB americano aumentou três vezes nos últimos 50 anos, mas a felicidade do povo diminuiu. Durante esse mesmo período, quando o PIB triplicou, o número de divórcios duplicou, o de suicídios entre os adolescentes triplicou, os crimes violentos quadriplicou, e a população carcerária quintuplicou.
Logo a superpotência econômica mundial? Sim! Visto ser um país que têm seus valores de vida invertidos, onde o governo só tem se preocupado com questões econômicas, com guerras e com o poder. Vocês devem estar se perguntando: o que nós uberlandenses temos a ver com isso? Temos tudo a ver. Depois de ler tal artigo me indaguei: nós, políticos, temos muito mais para oferecer para nosso povo do que apenas emprego e comida. Que reflitamos sobre as nove dimensões de desenvolvimento integral e que possamos desenvolver projetos que ajudem nosso povo e terem uma qualidade de vida total, que elas possam ser felizes e terem recursos, um corpo nutrido e uma alma renovada.
Para finalizar que cada um aqui possa refletir sobre o que o ex-senador norte-americano Robert F. Kennedy expressou maravilhosamente bem o que é hoje o principal indicador mundial de progresso:
“O Produto Interno Bruto inclui poluição atmosférica e as ambulâncias para uma tragédia; trancas especiais para nossas portas e prisões para as pessoas que as quebram. Inclui a destruição das nossas floretas e a morte dos nossos lagos. Cresce com a produção de mísseis e ogivas nucleares. Não inclui a saúde das nossas famílias, a qualidade da educação das nossas crianças, ou a alegria das suas brincadeiras. É indiferente à segurança das nossas ruas. Não inclui, tampouco, a beleza da nossa arte, a estabilidade dos nossos casamentos nem a integridade dos nossos governantes. Mede tudo, em suma, exceto aquilo que faz a vida valer a pena”.
Obrigado!
"Bem-aventurado os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia".
Mateus 5.7
Os vereadores aprovam as leis que regulamentam a vida da cidade. São os serviços de tradicional prestação pelos Municípios, como transporte coletivo, coleta de lixo, manutenção de vias públicas, fiscalização sanitária, etc. Para isso elaboram projetos de lei e outras proposituras que são votados na câmara durante as sessões ordinárias ou extraordinárias. Aprovam ou rejeitam projetos de lei, elaboram decretos legislativos, resoluções, indicações, pareceres, requerimentos, elaboram o regimento interno da câmara, participam de comissões permanentes e são fiscalizadores das ações do executivo.
Fonte: www.umavisaodomundo.com