quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ENCONTRO VAI REUNIR PROFISSIONAIS DE SAÚDE, FAMILIARES E PACIENTES DO PROGRAMA MUNICIPAL FISSURA LÁBIO-PALATAL

Pacientes do Programa Municipal Fissura Lábio-Palatal, familiares e profissionais da saúde participam nesta quinta-feira (25), às 19h, no auditório do Anexo da Secretaria Municipal de Saúde, da 2º Encontro de Atenção Integral ao Paciente com Lesão Lábio-Palatal. A assistente social e terapeuta de família e casal, Maria Paula Agodol de Almeida, ministrará duas palestras sobre os temas: “Família, Novos Modelos” e “Propostas Diferentes de Vida.
“Queremos acabar com o preconceito. Com essa discussão conseguiremos transformar o pensamento da sociedade, da família e principalmente dos pacientes. Temos um excelente programa realizado pela Prefeitura de Uberlândia e por meio dele podemos transformar a vida das pessoas que nascem com essa má formação congênita”, explicou Regina Helena Justino Mahlalela, coordenadora do Programa Municipal Fissura Lábio-Palatal.

Fissura Lábio-Palatal

A fissura lábio-palatal é uma abertura na região do lábio e/ou palato, ocasionada pelo não fechamento destas estruturas entre a 4ª e 12ª semana de gestação. “Normalmente, esta má formação pode ser vista pelo ultrassom durante a gravidez. Por isso, é importante que os médicos estejam atentos a este aspecto e orientem a mãe. Assim, quando a criança nascer, ela já terá todas as informações necessárias sobre a fissura e poderá lidar melhor com o tema, buscando o tratamento adequado”, orientou a coordenadora.
As fissuras podem ser unilaterais ou bilaterais e variam desde as formas mais leves às mais complexas. Em alguns casos, ocorrem fissuras atípicas em outras regiões da face. “No Brasil a estima-se que um em cada 650 indivíduos vivos tenham a fissura. Em Uberlândia, quatro bebês nasceram com esta má formação congênita neste ano”, contou Regina Helena Justino Mahlalela.
Em Uberlândia as ações do Programa Municipal Fissura Lábio-Palatal são realizadas em parcerias com outras unidades de saúde. O trabalho integrado garante mais agilidade no tratamento e diminui o número de óbitos.
Quando uma criança nasce com fissura, o hospital aciona a equipe multidisciplinar do Programa Municipal Fissura Lábio-Palatal, composta por médicos, dentistas, psicólogos, fonoaudiólogos e assistentes sociais. Estes profissionais são responsáveis pelo atendimento e tratamento dos pacientes com a má formação. “Vamos até o hospital, damos apoio e orientação os pais e familiares. A fonoaudióloga orienta como deve ser o aleitamento, quais as posições e faz a adaptação do bico da mamadeira. Geralmente, todos os pacientes precisam receber esse atendimento para que a reabilitação seja integral, efetiva, estética e funcional”, explicou a coordenadora.
Os pacientes, em sua maioria, são encaminhados ao Hospital de Pesquisas de Anomalias Crânio-Faciais da USP de Bauru (SP), onde o tratamento é feito em duas etapas. Na primeira, que acontece aos três meses de vida, é feita a cirurgia no lábio e com um ano a do palato. Entretanto, com o decorrer dos anos, podem ser realizadas em outras intervenções cirúrgicas.
”Depois de passar pela cirurgia, o paciente permanece em tratamento com nossa equipe até ter alta. Dependendo do caso, alguns são acompanhados por nossos dentistas, médicos, fonoaudiólogos, psicólogos e assistentes sociais até a fase adulta, para garantir total recuperação”, concluiu Regina Helena Justino Mahlalela.

O quê?
2° edição do Encontro de Atenção Integral ao Paciente com Lesão Lábio-Palatal

Quando?
Quinta-feira (25), às 19h

Onde?
No Auditório do Anexo da Secretaria Municipal de Saúde, que fica na João Naves de Ávila, nº 2202, bairro Santa Maria
*Palestras “Família, Novos Modelos” e “Propostas Diferentes de Vida”, com a assistente social e terapeuta de família e casal, Maria Paula Algodol de Almeida

Fonte: Programa Municipal Fissura Lábio-Palatal

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